Os portugueses estão a viajar cada vez mais. Nos primeiros dois meses do ano, já foram 150 milhões de euros em vendas de passagens aéreas, um aumento de 7% em relação ao ano passado, e o "valor mais alto de sempre", revela, na Renascença, o presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira,.
Só nestas mini-férias de Páscoa, há um 10% de crescimento em relação ao ano passado. Aliás, até à Páscoa, os portugueses nunca viajaram tanto. "Tudo indicia que este ano será o ano de maior consumo de férias por parte dos portugueses", acrescenta Pedro Costa Ferreira.
Quanto aos destinos escolhidos pelos portugueses, o leque é variado, "até anormalmente diversificado para a escala".
No longo curso, "as Caraíbas continuam a ser o destino estrela", nomeadamente México, República Dominicana e Cuba. Pela proximidade cultural, "o Brasil está sempre na grelha de férias dos portugueses".
Nos últimos anos, tem-se registado também um aumento das viagens para a Ásia, "decorrente das novas ligações aéreas", justifica o presidente da APAVT.
No médio curso, "Cabo Verde continua a ser o destino mais vendido", mas lista inclui também países como a Tunísia, Turquia, Marrocos e São Tomé e Príncipe.
Mas sendo a Páscoa um período essencialmente de férias de curta duração, os destinos mais procurados ficam geograficamente mais próximos de Portugal, em particular na Europa. Desde circuitos europeus, a capitais europeias, mas com destaque para a Disneyland de Paris. "Mais Disney do que Paris, que se ressentiu com o fenómeno dos coletes amarelos", nota Pedro Costa Ferreira.
O reecontro com o Algarve
Nestas mini-férias de Páscoa, o Algarve regista um grande aumento de turistas portugueses, o que ajuda a compensar a quebra de turistas britânicos, motivada pelo Brexit e pela desvalorização da libra. Nos últimos dois anos, o Algarve perdeu cerca de 250 mil turistas britânicos.
O presidente da APAVT constata que, quando a Páscoa é mais tardia e há perspetivas de temperaturas mais altas, o Algarve torna-se um destino preferencial.
Porém, ultimamente, diz Pedro Costa Ferreira, "um pouco por todo o lado existe oferta atraente" e a procura estende-se a todo o território nacional.