O Comité Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos não enviará atletas aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 se não for assegurada a total segurança para a saúde dos participantes, face à pandemia do novo coronavírus.
Anúncio feito pela diretora executiva do Comité, Sarah Hirshland, em teleconferência. "A decisão sobre os Jogos não depende de nós. Cabe à Organização Mundial da Saúde (OMS), ao governo japonês e ao Comité Olímpico Internacional (COI). Mas em nenhuma circunstância colocaríamos os nossos atletas em perigo se não fosse seguro. Como americanos, neste momento, nossa prioridade número um deve ser a saúde e segurança de todos e parar a transmissão deste vírus, ponto final", afirmou.
Ainda que o presidente do COI, Thomas Bach, continue a reiterar a intenção de realizar os Jogos Olímpicos nas datas marcadas, entre 24 de julho e 9 de agosto, a pressão dos EUA, a maior potência desportiva mundial, poderá ser decisiva para uma eventual mudança de ideias.
Hirshland assumiu que "existem problemas em toda a parte que criam verdadeira ansiedade e preocupação" e apontou que "há um alto grau de incerteza e falta de clareza", pelo que a participação dos EUA dependerá sempre da obtenção de respostas concretas: "Há um alto grau de incerteza e falta de clareza, e queremos ter clareza o mais rápido possível."
Os Jogos Olímpicos nunca foram adiados e foram cancelados apenas três vezes, na história: uma durante a I Guerra Mundial (1916) e duas durante a II Guerra Mundial (1940 e 1944). Esta poderá ser a primeira vez que se adia ou cancela as Olimpíadas por razões que não estão relacionadas com a guerra.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.