A existência de mais um sismo em Portugal, o terceiro este mês, ao largo de Sines, não é caso para alarme, diz o geólogo Paulo Henriques.
À Renascença, o especialista aponta que “sismos vão sempre existir no nosso país. Isto não é uma questão para alarme, para que as pessoas fiquem alarmadas, é sim uma questão para que as pessoas fiquem despertas e as pessoas têm que saber como se proteger, mas é natural que eles ocorram”.
Para o também voluntário do VOST Portugal - Voluntários digitais em situações de emergência - "não há uma cadência maior" de abalos sísmicos. O que está a acontecer é "um processo normal", mas a atenção da população é agora maior, devido ao sismo de agosto.
"As pessoas estão mais despertas para a situação após aquele sismo de maior. Sempre houve sismos e os sismos vão continuar a haver”.
O que é preciso, diz o geólogo, é que as pessoas estejam preparadas. E estes abalos só querem dizer que a zona onde acontecem é de risco sísmico e que as populações não se devem esquecer disso.
Para Paulo Henriques, “isto não é uma questão para alarme, para que as pessoas fiquem alarmadas, é sim uma questão para que as pessoas fiquem despertas e que têm que saber como se proteger, mas é natural que eles ocorram”.
E saber reagir é para o especialista o mais importante. Pôr em pratica o que se aprende torna-se vital e pode fazer a diferença “para que tenham consciência dos riscos a que estão expostas, para que saibam que podem ocorrer sismos, que podem ocorrer sismos mais fortes, até do que aquele que ocorreu em agosto, e as pessoas têm que saber como se proteger".
"Têm de saber que as suas casas devem estar preparadas, não devem estar expostas a riscos, devem prender os armários às paredes, não devem ter objetos pesados que possam cair de cima dos armários e que as atinjam e devem saber como reagir no momento em que ocorre um sismo”, acrescenta.