Portugal não tem condições para devolver o tempo de serviço aos professores, afirma o primeiro-ministro, António Costa, em entrevista à TVI.
António Costa argumenta que "se dessemos todo o tempo perdido significaria 1.300 milhões de euros de despesa permanente todos os anos".
"Não vejo que o país tenha condições para acrescentar 1.300 milhões de euros de despesa permanente para todo o sempre", declarou o primeiro-ministro, sobre uma das principais reivindicações dos docentes.
Os sindicatos de professores reivindicam a recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias de tempo de serviço cumprido e não contabilizado para efeitos de carreira.
António Costa entende a contestação no setor da Educação, mas afirma que a sua "obrigação não é chegar a acordo com os sindicatos, é resolver os problemas dos professores e do país".
O primeiro-ministro afirma que "a classe dos professores acumulou 15 anos de frustração" e sublinha que o Governo "não é insensível" à questão da progressão na carreira.
Nesta entrevista à TVI, António Costa detalhou as novas medidas do Governo para tentar combater a crise no acesso à habitação.
O primeiro-ministro esclareceu que as casas subarrendadas pelo Governo aos senhorios vão ser depois sorteadas para os inquilinos, "por uma questão de Justiça".
António Costa refere que o Estado pagará a renda ao senhorio e depois fará um concurso para subarrendar as propriedades.
"Há muitas casas, mais de 700 mil, que estão desocupadas. Desse universo, há casas de diferentes tipologias e situações. Muitas vezes os senhorios não têm confiança no mercado para colocarem as casas no mercado. É importante dar uso a estas casas", defende.