A Fidelidade recebeu 1.468 sinistros até domingo, "mais de 90%" referentes a incidentes em habitações, e à Tranquilidade chegaram 675 participações, dois terços também relativos a casas.
Todos estes estragos participados foram provocados pelo mau tempo sentido em Portugal desde quarta-feira passada, informaram as seguradoras, esta segunda-feira, em comunicado.
A seguradora Fidelidade adiantou que, “por forma a agilizar o processo de peritagem”, tem, desde o fim de semana, uma equipa de 50 peritos a trabalharem no terreno, “para o levantamento de danos e prejuízos causados pela depressão que afetou o país com maior incidência na região do Norte”.
Vinte e cinco por cento das participações recebidas pela Tranquilidade dizem respeito a danos em imóveis de comércio ou indústria, indicou uma fonte da seguradora à agência Lusa.
Segundo a mesma fonte, as zonas mais afetadas ficam na região do norte do país, designadamente Braga e Guimarães, Porto, Penafiel e Vila Nova de Famalicão.
Os efeitos do mau tempo, que se fazem sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos e um desaparecido e deixaram 144 pessoas desalojadas e outras 352 deslocadas por precaução, registando-se mais de 11.600 ocorrências, na maioria inundações e quedas de árvores.
O mau tempo, provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou no sábado a depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil, num balanço feito esta segunda-feira, às 10h00, afirmou que o distrito de Coimbra é aquele que ainda causa maior preocupação, apesar de o número de ocorrências ter “baixado significativamente”, esperando-se a redução do leito do rio Mondego nos próximos dias.