O incêndio que deflagrou esta sexta-feira no Parque Natural de Montesinho e se propagou para Espanha continua ativo e o combate vai ser "moroso" devido às características do terreno, segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
De acordo com o ponto da situação feito à Lusa, o incêndio está a consumir "mato e pinhal" e tem uma frente ativa com "cerca de 400 a 500 metros", na zona de Vilarinho do lado português, e de La Tejera do lado espanhol.
As chamas deflagraram do lado português, na zona da Lama Grande, Bragança, no Parque Natural de Montesinho, e propagaram-se para o lado espanhol onde, ao longo do dia de hoje, se desenvolveu a maior parte do incêndio, de acordo com as autoridades.
Meios portugueses e espanhóis estão a atuar em conjunto e "o incêndio está a evoluir favoravelmente", mas o combate às chamas "vai ser moroso" devido às características do terreno, com acessos difíceis, de acordo com o CDOS.
Por volta das 19h30 encontravam-se no local 105 operacionais e 33 viaturas e ao durante o dia estiveram também envolvidos oito meios aéreos portugueses e espanhóis.
O incêndio deflagrou na madrugada de hoje na linha de fronteira com Espanha, e foi detetado por volta das 04:00 pelos bombeiros de Bragança, que se deslocaram para o local, como tinha dito à Lusa o comandante Carlos Martins.
Por volta das 08h00 começaram a ser mobilizados meios para este incêndio.
O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) realizou, na quinta-feira, fogo controlado, as chamadas queimadas, na zona de Soutelo, em Bragança.
O comandante dos bombeiros disse que a corporação esteve a dar apoio a esta operação e considera que "não tem qualquer relação" com o incêndio pela "distância" entre os dois eventos e as temperaturas negativas durante a noite com formação de geada.