Vai haver novos aumentos nas consultas da ADSE. Os preços pagos pelos beneficiários por uma consulta de especialidade, medicina geral e pediatria, por exemplo, deverão passar de 3,99 para 5 euros, segundo as novas tabelas discutidas na reunião do Conselho Geral e de Supervisão (CGS).
Já na área de cardiologia, a consulta passa de 9 para 11,5 euros.
A proposta de revisão das tabelas, avançada por alguns jornais económicos, consta de um parecer do CGS e tem como objetivo fazer uma atualização dos preços e incentivar mais médicos a integrar a lista de acordos com a ADSE.
A nova tabela prevê um “aumento direto de custos, sobretudo nas consultas e na medicina dentária”, refere o parecer preliminar do Conselho Geral e de Supervisão, citado pelo “Jornal Económico”.
Segundo explica o “Negócios”, a proposta pede, por outro lado, que sejam criados preços fechados nas cirurgias e nos medicamentos, de modo a compensar o aumento de custos.
Na medicina dentária, o aumento poderá ser de 18%, mesmo passando os copagamentos de 33,3% para 25%.
Nas consultas de especialidade, o valor pago pela ADSE é hoje de 18,46 euros – 14,47 euros pagos pela ADSE e 3,99 euros pelo beneficiário – mas a proposta do Conselho Diretivo sobe para os 25 euros, correspondendo 19,50 euros à ADSE e 5 ao beneficiário (contra os 5,50 euros previstos na primeira proposta).
No que toca à clínica geral, o valor atual é 14,46 euros e o valor proposto é de 20 euros, passando o beneficiário a pagar 4,5 euros, em vez dos atuais 3,49.
Nos internamentos, a proposta é que de um aumento de 30 euros/dia comparticipação da ADSE e uma redução de igual valor no que paga o beneficiário.
Além disso, escreve o “Económico”, a proposta “revê em alta os dias de internamento, com 118 atos cirúrgicos de preços fechados”, requer “a obrigatoriedade de apresentação de relatório clínico para dias de internamento superiores em 50% ao número de dias estipulado” e “altera as regras dos internamentos psiquiátricos, permitindo um melhor controlo, com aumento nas diárias de curta duração e passando o beneficiário a pagar um copagamento de 6.89 euros nas de longa duração (atualmente é de 0 euros)”.
A revisão da tabela de preços mereceu já as críticas da Frente Comum e do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado. José Abraão, da Fesap, defende que os preços se devem manter inalterados enquanto o país estiver em pandemia e chama a atenção para os preços máximos fixados para cirurgias, medicamentos e próteses, nas quais desaparecem as regularizações de faturas feitas com os prestadores de saúde privados.