O presidente do Partido Popular de Espanha, Alberto Núñez Feijóo, congratulou-se nesta segunda-feira com a antecipação das eleições legislativas no país para 23 de julho e reiterou que começou um novo ciclo à direita na política espanhola.
O Partido Popular (PP, direita) está na oposição desde 2018 e venceu no domingo as eleições regionais e municipais espanholas, com Feijóo a declarar a sua "satisfação por isso se ter traduzido na convocatória de eleições gerais" antecipadas para 23 de julho por parte do primeiro-ministro e líder do partido socialista (PSOE), Pedro Sánchez.
"Espanha deu ontem (domingo) o primeiro passo para abrir um novo ciclo político", afirmou Alberto Núñez Feijóo, que considerou que "os espanhóis disseram basta" ao "sanchismo", os governos liderados por Pedro Sánchez.
Esses governos de Sánchez ficaram marcados por "cinco anos de partido socialista, Podemos, Bildu e independentistas", disse Feijóo, numa referência à coligação atualmente no governo, que junta o PSOE e a plataforma de extrema-esquerda Unidas Podemos, assim como aos pactos parlamentares com partidos independentistas bascos e catalães, incluindo forças herdeiras dos braços políticos do grupo terrorista ETA.
Para Feijóo, o primeiro-ministro socialista é a cara de uma "política frívola e que fratura" e no domingo os espanhóis expressaram nas eleições locais e regionais da forma "mais potente e mais limpa" um "grande desejo de mudança".
Alertando que, porém, foi apenas dado o primeiro passo e que "o sanchismo não está ainda revogado", Feijóo apelou à mobilização dos eleitores de direita nas eleições de 23 de julho.
"Peço desde já uma maioria clara, incontestável e contundente para iniciar um novo rumo", afirmou o líder do PP, que terminou a declaração aos jornalistas na sede do partido, em Madrid, a pedir também "a confiança dos cidadãos para ser o próximo presidente do governo de Espanha".
Feijóo foi eleito presidente do PP há pouco mais de um ano e teve no domingo o seu primeiro teste eleitoral, que se traduziu numa vitória nas eleições regionais e municipais.
No entanto, o PP vai precisar de apoios do VOX (extrema-direita) para governar várias comunidades autónomas e municípios.