O Papa anunciou um novo consistório para a criação de 17 novos cardeais de 11 nacionalidades diferentes. Quatro destes cardeais têm mais de 80 anos.
Dos outros 13 nomeados com direito a voto, há apenas três europeus (da arquidiocese de Bruxelas e de Madrid) e o actual Núncio Apostólico na Síria, de nacionalidade italiana.
A preferência do Papa vai, uma vez mais, para os bispos das dioceses mais pobres e esquecidas, como Bangui, na República Centro-africana, Dhaka no Bangladesh, Port Louis nas Ilhas Maurícias e Port Moresby, na Papua Nova-Guiné.
Há ainda três latino-americanos (do Brasil, Venezuela e México) outros três dos Estados Unidos da América (Chicago, Indianapolis e um actual Prefeito da Cúria )
O consistório realiza-se no próximo mês, a 19 e 20 de Novembro, coincindo com o encerramento do Ano Santo da Misericórdia.
Este é o terceiro consistório do pontificado de Francisco, após a criação de 19 cardeais, entre os quais 16 eleitores, a 22 de Fevereiro de 2014, e de 20 cardeais (15 eleitores) a 14 de Fevereiro de 2015, incluindo D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa.
Segundo o Código de Direito Canónico, os cardeais "constituem um colégio peculiar, ao qual compete providenciar à eleição do Romano Pontífice [Papa]", embora as funções dos membros do colégio cardinalício vão para além desta eleição.
Qualquer cardeal é, acima de tudo, um conselheiro específico que pode ser consultado em determinados assuntos quando o Papa o desejar, pessoal ou colegialmente.