O ministro do Ambiente desmente o presidente do Observatório da Economia e Gestão da Fraude. À Renascença, Matos Fernandes garante que Portugal não vai recorrer a fundos comunitários para a exploração de lítio.
“Aparece o senhor de um observatório a dizer umas coisas. Nunca esteve em causa que a exploração do lítio pudesse, em momento algum, beneficiar de fundos comunitários. Não faço a mais pequena ideia de onde arrancaram essa ideia absolutamente peregrina”, garante.
É a resposta do Governo ao presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude que disse à Renascença que a quantidade de reservas de Lítio em Portugal não justifica a rentabilidade económica, admitindo que o projeto de que se fala para Montalegre possa ter como objetivo fraude com fundos europeus.
O ministro do Ambiente lembra ainda que Portugal é dos países do mundo e da Europa que tem mais reservas de lítio. “É um recurso absolutamente indispensável para nos descarbonizar.”
Mas para o presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude, Óscar Afonso, face “à evolução dos preços, à dimensão das reservas e com os custos fixos e variáveis associados ao projeto”, não consegue perceber como é que pode ser viável.
Só num contexto extremo, em que acabem as reservas mundiais, é que admite a aposta numa exploração, por exemplo, em Montalegre.