Há margem de manobra para baixar os impostos, mas depende muito da evolução da economia, defendeu esta quarta-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A folga orçamental existe, mas os riscos económicos também, referiu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, numa praia do Algarve, onde permanece de férias.
Declarações do Presidente da República na sequência do desafio lançado pelo PSD ao Governo para reduzir o IRS ainda este ano. Marcelo reconhece que a situação dos cofres do Estado permite descer impostos, mas alerta para as incertezas da economia internacional.
“Este período que estamos a viver é difícil para o mundo, para a Europa e para Portugal. E nesse período difícil nós encontramos ainda a guerra, ainda muita crise económica e financeira, em Portugal a inflação está a descer, mas não está no resto da Europa, o Estado está com as contas equilibradas e há folga para desagravar impostos, vários partidos já falaram nisso, o Governo e a oposição. Em que termos, muito ou pouco, vai depender da evolução da economia”, declarou o chefe de Estado.
O presidente do PSD propôs esta semana em Quarteira, no Algarve, uma redução ainda este ano das taxas do IRS em todos os escalões, menos no último, uma medida que seria financiada pelo excedente da receita fiscal.
Na tradicional Festa do Pontal que marca a "rentrée" política dos sociais-democratas, Luís Montenegro avançou com um "programa global de reforma fiscal" do qual fazem parte "cinco medidas imediatas".