André Villas-Boas vai apresentar a candidatura à presidência do FC Porto em janeiro, revelou o antigo treinador portista esta quarta-feira.
"Mantenho-me convicto para avançar para as eleições. A apresentação da candidatura é uma mera formalidade e será feito em janeiro", anunciou, em declarações aos jornalistas, à saída do Dragão Arena.
O (ainda por oficializar) candidato às eleições do clube falou após a assembleia geral para aprovação do relatório e contas do clube relativo à temporada passada. Uma reunião magna de opiniões díspares, mas sem incidentes, com menor adesão do que era esperado: 819 pessoas.
Villas-Boas considera que se fez democracia: "Termina pelas altas horas da madrugada mas todo com sentimento de bom portismo, de boa presença e de uma livre expressão democrática do que qualquer sócio pensa. Sobretudo, pela democracia da assembleia geral."
AVB vota contra as contas e quer ver melhorias
As contas referentes a 2022/23 foram aprovadas com 52,9% de votos a favor. Mais concretamente, foram 434 votos favoráveis, 187 contra e 198 abstenções, face ao prejuízo de 2,4 milhões de euros apresentado.
Villas-Boas, que exigiu à direção que devolvesse os prémios atribuídos na última época, votou contra a aprovação das contas e explica porquê.
"Há um acumular de dívida que é evidente. Quando o passivo acumulado é de 499 milhões, é presente e vem crescendo ao longo dos anos. Há aqui uma falência operacional que é preciso corrigir", aponta.
Ainda assim, o antigo treinador portista reconhece que a direção do "presidente dos presidentes do FC Porto", Pinto da Costa, "demonstrou sinais de que quer melhorar nesse aspeto". O exemplo foi dado na assembleia geral, em que Fernando Gomes, administrador financeiro, garantiu que, para o ano, não haverá prémios para a administração.