A McDonald's anunciou que vai abandonar o mercado bielorrusso. Em comunicado, a gigante de fast food norte-americana alega motivos ligados a dificuldades logísticas, numa altura em que a Bielorrússia se mantém firme no apoio à Rússia quanto à guerra na Ucrânia.
"Devido aos extensos problemas de abastecimento local, já não é possível à franquia licenciada pela McDonald's continuar a operar na Bielorrússia. Como consequência, a franquia vai cessar as operações em nome da McDonald's e deixará de usar o seu nome ou servir os seus menus", pode ler-se na declaração oficial.
Neste sentido, os 25 restaurantes da cadeia de fast food irão reabrir sob a marca Vkusno & tochka ("Saboroso e basta", numa possível tradução). Trata-se da mesma empresa que já opera na Rússia, depois de a McDonald's ter abandonado o país em maio, motivada pelo desenrolar da invasão à Ucrânia.
Esta decisão permitirá à Vkusno & tochka manter mais de dois mil postos de trabalho na Bielorrússia. Segundo a cadeia de restaurantes russa, a operação de rebranding ocorrerá no espaço de "poucas semanas".
Esta sexta-feira, o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, pareceu estar feliz com a saída da McDonald's: "Graças a Deus vão embora". "Eu aviso sempre: consumam e comam a vossa própria comida, não se precipitem com a comida estrangeira", realça.
Lukashenko pediu aos produtores e empresários nacionais que aproveitassem esta deixa para que "os restaurantes da McDonald's, onde trabalham os nossos profissionais, onde os nossos produtos são consumidos, estejam nas mãos de bielorrussos".
"Nós devemos ser capazes de fazer tudo o que a McDonald's faz, se calhar até melhor", sublinhou.
Contudo, ao mesmo tempo que apelava à produção nacional, o chefe de Estado bielorrusso menosprezava a qualidade da comida servida. "Não conseguem cortar um pão ao meio? E colocar um pedaço de carne, batatas e alface entre as fatias de pão? Meu Deus, quem é que come isto? Eu nem sei."