A mais de mês e meio das eleições na Madeira, o Presidente da República diz não comentar a carta enviada por Pedro Nuno Santos a Luís Montenegro por estarmos em “período eleitoral”.
“Mas registo. Vou registando. Não tenho nada a responder, ainda por cima num momento importante, calmo, tranquilo, de preparação e debate do programa de Governo”, afirmou, no IPO do Porto, por ocasião da inauguração do espaço da Fundação La Caixa.
Na missiva, o líder do PS pede um acordo para valorização de carreiras na Função Pública para os próximos “sessenta dias”.
Recusando comentar processos judiciais, Marcelo voltou a não falar sobre a Operação Influencer, comentando apenas que António Costa mostrou uma “sensibilidade importante” em relação à Europa.
Questionado sobre a possibilidade de a nova maioria da AD governar em regime de duodécimos, se a proposta de Orçamento do Estado para 2025 for chumbada pelo Parlamento, Marcelo considerou que se trata de “futurologia”: “temos um Orçamento do Estado que está em vigor há quatro meses e já estão a falar sobre o que acontece daqui a oito ou nove”, comentou.
A possibilidade de o país viver em duodécimos tem sido levantada por vários social-democratas como Duarte Pacheco que, recentemente questionado pela Renascença, defendeu que "se for o próprio Governo a dizer, 'eu tenho condições para continuar a cumprir o meu mandato com o orçamento que está em vigor', o senhor Presidente da República fica com uma margem muito limitada para dissolver o Parlamento.
O chefe de Estado indicou ainda que não tem “mais nada a dizer” sobre o caso das gémeas luso-brasileiras: “O MP [Ministério Público] enviou uma carta em que diz que os documentos eram integrados no processo, que está em segredo de justiça”, afirmou.