Pouco mais de uma semana depois de ter pedido a demissão a António Costa, na sequência do caso TAP/Alexandra Reis, ficou a saber-se esta quarta-feira que Pedro Nuno Santos também vai deixar o Secretariado Nacional do Partido Socialista (PS).
Em reação, à Renascença, a socialista Alexandra Leitão classifica o agora ex ministro como "uma mais valia enorme" e espera que tenha "um papel ativo e importante no futuro do PS".
"A minha expetativa é que ele pode ter uma intervenção decisiva. É uma das pessoas bem colocadas para ser o próximo líder do PS", refere.
Já a socialista Ana Gomes, igualmente ouvida pela Renascença, que foi apoiada por Pedro Nuno Santos, durante a sua candidatura às Presidenciais de 2021, aponta que a saída do ministro do Secretariado Nacional do partido "tem um significado" e que "o PS procure regenerar-se".
E espera que isto possa permitir "a construção de uma alternativa" dentro do PS.
Ana Gomes não tem dúvidas de que Pedro Nuno Santos terá, a partir de agora, muito mais liberdade para assumir posições criticas, quando se justificarem.
A também antiga eurodeputada sublinha que este é o tempo de António Costa e que a atual liderança não está em causa, mas tem uma certeza: Pedro Nuno Santos vai ser líder do Partido Socialista.
"Acho que a questão não é se, é quando", afirma.
João Cravinho, ex ministro socialista, é menos assertivo. À Renascença, diz não acreditar que Pedro Nuno Santos aposte numa estratégia de "agora ou vai, ou racha".
O importante, considera, será que ajude o PS a pensar o futuro do país.