O Papa Francisco chamou a atenção do mundo para o problema de milhares de pessoas que, ao tentarem atravessar para diferentes territórios, são vítimas de injustiça e caem nas mãos de criminosos.
“Aqui em Ciudad Juarez, como noutras áreas fronteiriças, concentram-se milhares de migrantes da América Central e doutros países, sem esquecer tantos mexicanos que procuram também passar para ‘o outro lado’. Uma passagem, um caminho carregado de injustiças terríveis: escravizados, sequestrados, objectos de extorsão, muitos irmãos nossos acabam vítimas do tráfico humano”, disse.
Na última etapa da visita pastoral ao México, o Sumo Pontífice presidiu a uma missa em Ciudad Juárez.
Francisco deixou ainda uma mensagem de esperança ao povo mexicano. “São irmãos e irmãs que partem, forçados pela pobreza e a violência, pelo narcotráfico e o crime organizado. No meio de tantas lacunas legais, estende-se uma rede que apanha e destrói sempre os mais pobres. À pobreza que já sofrem, vem juntar-se o sofrimento destas formas de violência. Uma injustiça que se radicaliza ainda mais contra os jovens: como ‘carne de canhão’, eles vêem-se perseguidos e ameaçados quando tentam sair da espiral de violência e do inferno das drogas”, acrescenta.
Depois de uma breve cerimónia de despedida no aeroporto de Ciudad Juárez, o Papa partiu para Roma às 19h37, hora local (02h37 em Portugal continental). Tem chegada prevista para as 15 horas de Itália, 14 em Portugal, desta quinta-feira.
A Renascença no México com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
[actualizado às 02h43]