A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou esta sexta-feira, no Parlamento, o fim de praticamente todas as taxas moderadoras já a partir de junho.
As exceções são a ida não referenciada a urgências, isto é, quando o utente não é enviado pelo centro de saúde ou pela linha SNS24, e as urgências que não exijam internamento.
"A partir de junho, exceto na urgência não referenciada ou que não origine internamento, a cobrança de taxas moderadoras acabará em todos os serviços do SNS", afirmou a governante, recebendo palmas da bancada do PS.
No segundo dia do debate parlamentar sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), Marta Temido destacou, também, o reforço de 700 milhões de euros no orçamento da Saúde, considerou que "é um orçamento de esquerda" e defendeu que os tempos recentes tornaram mais aguda a urgência de reforçar os serviços públicos.
Sublinhando a recuperação na atividade assistencial conseguida no ano passado “depois de um ano de 2020 marcado pela emergência sanitária" e citando números provisórios de 2021, Marta Temido disse que foram feitos mais três milhões de consultas nos cuidados de saúde primários face a 2020 e mais quatro milhões relativamente a 2019.