O ministro das Finanças acredita que “há condições para haver um entendimento” à esquerda para a aprovação do Orçamento do Estado para 2022 e afasta acordos à direita.
Em entrevista ao jornal Eco, esta sexta-feira, João Leão considerou que a "alternativa de bloco central não é muito saudável para o país" e explicou que, no início da próxima semana, ainda vão decorrer negociações entre os partidos.
Questionado sobre as posições demonstradas pelos partidos de esquerda, o ministro admite que se o documento não for aprovado " afetará o crescimento da economia" em 2022 e que a aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência pode ser prejudicada.
Questionado sobre preços de eletricidade para a indústria, o governante revela que vão existir “boas notícias”, lembrando que “no que toca à parte mais industrial, o Governo fez injeções massivas de fundos no âmbito do Fundo Ambiental para reduzir drasticamente tarifas de acesso”.
Nesta entrevista foi também abordada a questão do aumento do salário mínimo.
O ministro diz que a "trajetória não está definida e tem de ser feita em consulta com parceiros sociais, tentando obter acordo”. Ainda assim, recorda que “num contexto de crise no ano passado fizemos aumento de 30 euros e para o ano será pelo menos nesse valor".
Já sobre os salários para os jovens, João Leão diz que "estamos numa fase que se espera que haja melhoria significativa dos salários", sublinhando que há agora em Portugal “uma geração jovem extremamente qualificada, mais até que a média europeia".