O presidente da Associação Mutualista Montepio, António Tomás Correia, comunicou aos associados, na assembleia geral de quinta-feira, que a instituição tem vindo a diminuir o número de associados, apurou a Renascença.
A administração da Mutualista espera inverter esta tendência depois do apoio que recebeu na assembleia geral de quinta-feira, que aprovou as contas de 2016 com mais de 95% dos votos.
Esta é a segunda vez em três anos que o Montepio está a perder associados e dinheiro. Em 2014, saíram 6.600 associados. O número de sócios só começou a recuperar em Março do ano seguinte, mas o aumento não foi suficiente para restabelecer as perdas.
A Associação Mutualista Montepio tem estado desde então a recuperar associados. No final de 2016, eram já 632 mil, que, no total, tinham 3.530 milhões de euros aplicados na instituição.
Mas estes números estão de novo em queda. A Mutualista está a perder associados desde o início de Março, um dado avançado pelo próprio presidente, na assembleia geral de quinta-feira, apurou a Renascença.
A associação e o banco mutualistas têm estado em foco, com uma sucessão de notícias negativas, como a constituição de Tomás Correia como arguido num processo autónomo extraído da “Operação Marquês”, em que é suspeito de ter recebido indevidamente 1,5 milhões de euros do empresário da construção civil José Guilherme.
Tomás Correia espera que a reunião geral de quinta-feira inverta a corrida aos balcões. Como medida imediata, o Montepio quer um gestor mutualista em todos os balcões da Caixa Económica para explicar estes produtos. No final de 2016, já existiam quase uma centena, que acompanhavam cerca de metade dos associados.
Após a assembleia geral da instituição, que terminou já de madrugada, o presidente da Associação Mutualista Montepio garantiu que a sua posição saiu reforçada.