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A fase de instrução do processo Operação Marquês arranca esta segunda-feira com um adiamento: Armando Vara era para ser ouvido na terça-feira, mas a greve dos guardas prisionais impede que se desloque a Lisboa.
A informação foi confirmada à Renascença por fonte do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, onde decorre esta fase do processo que visa determinar se o caso segue ou não para julgamento.
A audição de Armando Vara foi remarcada para 5 de fevereiro, avança fonte judicial citada pela agência Lusa.
Por sorteio eletrónico calhou, precisamente há quatro meses, ao juiz Ivo Rosa dirigir esta fase processual. O magistrado já marcou diligências até maio, sempre nas tardes dos últimos três dias de cada mês, prevendo-se que a decisão final seja conhecida perto do final do ano, dado o número de diligências e o número de testemunhas e de arguidos que querem depor.
Na segunda-feira, a primeira arguida a falar é Bárbara Vara, filha de Armando Vara, que está acusada de branqueamento de capitais.
A instrução foi requerida por 19 arguidos, entre os quais o ex-primeiro-ministro José Sócrates, o ex-ministro Armando Vara, os ex-administradores da PT Henrique Granadeiro e Zeinal Bava e o empresário Carlos Santos Silva.
O processo Operação Marquês, que teve início em julho de 2013, resultou numa acusação de 188 crimes, a maioria de branqueamento de capitais, vertida em mais de quatro mil páginas, 134 volumes, mais de 500 apensos e registos de mais de 180 buscas e interceções telefónicas. No total, são mais de 53 mil páginas, espalhadas por duas salas do Tribunal Central.
José Sócrates, que esteve preso preventivamente e em prisão domiciliária e está acusado de 31 crimes económico-financeiros, pediu para depor nesta fase processual.
O ex-ministro está preso em Évora, onde cumpre uma pena de prisão de cinco anos no âmbito do processo Face Oculta.
[notícia atualizada às 16h49]