Os ministros da Defesa da União Europeia (UE) reúnem-se entre terça-feira e quarta-feira na cidade espanhola de Toledo para discutir o apoio à Ucrânia e analisar o golpe de Estado no Níger.
A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, vai participar na reunião com os governantes dos restantes 26 Estados-membros e o principal assunto é o mesmo de há um ano e meio: a invasão russa à Ucrânia.
Depois de onze pacotes de sanções contra a Rússia e os seus parceiros e de 'desembolsar' sete vezes apoio ao país invadido através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP), a UE procura saber como pode ir mais longe no apoio, numa altura em que a Ucrânia está a levar a cabo uma contraofensiva, que apesar de eficaz, está a avançar lentamente, resultado das defesas que as tropas russas montaram e que dificultam o avanço no terreno.
Portugal tem um pedido bastante específico, feito há pouco mais de uma semana pelo ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, e reiterado na mesma semana pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky: ajuda da Marinha Portuguesa na desminagem do Mar Negro.
Em simultâneo os ministros deverão abordar o golpe de Estado no Níger, em 26 de julho, que agravou a situação naquela região do continente africano.
O Níger vive uma crise política desde que uma junta militar - que se autodenomina Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), liderada pelo antigo chefe da Guarda Presidencial, general Abdourahamane Tiani - depôs o Presidente eleito Mohamed Bazoum (que se encontra em prisão domiciliária desde então) e suspendeu a Constituição.
O golpe de Estado foi condenado pela comunidade internacional e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decretou duras sanções económicas e comerciais contra o Níger (membro do bloco antes de ser suspenso) e ameaçou com uma ação militar contra os golpistas para restabelecer a ordem constitucional.