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Foi há precisamente 288 anos que se tomou formalmente a decisão de construir a Igreja dos Clérigos, hoje uma das marcas mais distintivas da cidade do Porto.
A ordem de construção consta de um documento de oito páginas, escrito à mão, em que se explica de onde veio o terreno doado para o efeito. A necessidade de construção da torre é explicada pela ausência de uma igreja pertencente à irmandade onde se pudessem sufragar as almas dos seus membros que morriam.
“A igreja foi construída num terreno baldio, que foi oferecido à irmandade por padres”, explica António M. Tavares, diretor executivo da Irmandade dos Clérigos. Anteriormente, explica, a irmandade reunia-se na sede da Misericórdia do Porto.
A Irmandade dos Clérigos tinha sido criada em 1707 – embora já existisse com outra designação desde meados do século XVII – para socorro de membros do clero que passavam por dificuldades financeiras. A Irmandade ainda existe e continua a ser responsável pela manutenção da Igreja e da Torre dos Clérigos.
Apesar de a Igreja ter sido finalizada em 1750, a decisão de construir a torre apenas foi tomada em 1753, tendo sido finalizada uma década mais tarde.