A Comissão de Trabalhadores do Novo Banco vai avançar com um pedido de esclarecimentos ao Governo sobre o processo de venda da instituição e a possibilidade de avançar para a liquidação ordeira da entidade bancária.
A hipótese foi colocada, esta segunda-feira, pelo Executivo. No relatório que acompanha as alegações de Portugal no âmbito do processo de sanções por défice excessivo, o Governo afirma que, caso o Novo Banco não seja vendido até Agosto de 2017, entrará num "processo ordeiro de liquidação".
Perante este cenário, o coordenador da Comissão de Trabalhadores, Rui Geraldes, garante que vai “solicitar ao Governo esclarecimentos sobre estas situações”.
Rui Geraldes sustenta que o Novo Banco “é viável, é o terceiro maior banco do sistema, é um banco das PME, está a recuperar depósitos e a fazer mais créditos às famílias e às empresas”. Por isso, acredita que “o cenário de liquidação não irá em frente”. “Ainda ontem [segunda-feira] o Banco de Portugal referiu que havia base de trabalho face às propostas de compra recebidas”, lembra.
O coordenador da Comissão de Trabalhadores diz que as notícias que falam da possibilidade de liquidação “não deixam de ser preocupantes”. “Vêm gerar instabilidade, desconfiança e não favorecem uma estratégia mobilizadora dos trabalhadores e dos clientes”, sublinha Rui Geraldes, que defende, por seu lado, “a venda por um valor justo, ou a nacionalização temporária” do Novo Banco.