A ministra da Presidência desdramatizou a manifestação à entrada para o Conselho de Ministros, esta quinta-feira, em Algés, promovida por jovens pela ação climática, contrapondo que o seu Governo assume o ambiente como uma causa prioritária.
"As manifestações de opiniões diversas fazem parte da democracia. Nada mais temos a assinalar", respondeu Mariana Vieira da Silva em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros.
Vinte ativistas tentaram impedir esta manhã todas as entradas do antigo Ministério do Mar, junto ao rio Tejo, em Algés, onde, desde o início desta legislatura, se tem realizado a maior parte das reuniões do Conselho de Ministros.
A Unidade Especial da PSP retirou os estudantes que se tinham prendido às grades da entrada principal do Instituto Português e da Atmosfera (IPMA) e do antigo Ministério do Mar. Pouco antes das 10h00, os portões da entrada principal foram abertos e alguns veículos civis entraram no complexo.
Os jovens detidos, pelo menos quatro, foram conduzidos, algemados, para os veículos policiais. Um deles decidiu não caminhar, tendo sido arrastado por dois polícias.
"O centro da atividade do Governo tem sido muito dedicado à ação climática. Esse foi um dos desafios estratégicos incluído no Programa do Governo logo em 2019 e, ao longo dos anos, temos tomado ações muito relevantes", declarou, numa alusão à aprovação em Conselho de Ministros, no passado dia 30, do Plano Estratégico de Ação Climática.
De acordo com Mariana Vieira da Silva, esse plano pretende atualizar "de forma mais exigente as metas a que o país está comprometido".
"Não é à toa que a Comissão Europeia considera que Portugal é o país mais bem posicionado para o cumprimento dos objetivos [do Acordo] de Paris", acrescentou.