O endividamento das famílias, empresas e Estado aumentou 14.100 milhões de euros no primeiro semestre face ao final de 2020, para 762.500 milhões, superando o valor homólogo em quase 30.000 milhões de euros, divulgou o Banco de Portugal (BdP), esta quinta-feira.
Segundo refere o BdP em comunicado, em junho de 2021 o endividamento do setor não financeiro situou-se em 762.482 milhões de euros, dos quais cerca de 350.500 milhões de euros respeitavam ao setor público e 412.000 milhões de euros ao setor privado.
De acordo com o banco central, a subida de 14.100 milhões de euros face ao final de 2020 resultou dos aumentos de 8.100 milhões de euros do endividamento do setor público e de 6.000 milhões de euros do endividamento do setor privado.
O incremento do endividamento do setor público “resultou, sobretudo, dos acréscimos registados no endividamento junto do setor financeiro (4.400 milhões de euros) e no endividamento perante o exterior (3.000 milhões de euros)”.
Segundo o BdP, no setor privado, o endividamento das empresas aumentou 4.000 milhões de euros, sendo esta subida “explicada principalmente pelo financiamento obtido junto do setor financeiro (2.200 milhões de euros) e do exterior (1.800 milhões de euros)”.
Já o endividamento dos particulares aumentou 2.000 milhões de euros, “refletindo o incremento do financiamento obtido junto do setor financeiro”.
Em junho de 2021, a taxa de variação anual (tva) do endividamento total das empresas privadas foi de 1,6%, mais 0,1 pontos percentuais do que o verificado no final de 2020, enquanto a tva do endividamento total dos particulares subiu 1,3 pontos percentuais, para 2,7%.
A próxima atualização das estatísticas do endividamento do setor não financeiro será feita pelo BdP em 21 de setembro.