Padre defende que "as confrarias e irmandades devem entrar numa onda de renovação"
14-12-2024 - 09:27
 • Jaime Dantas

Apesar de incentivar a mudança, o autor do livro "As Confrarias e Irmandades no Direito Particular Português", o padre Vítor Ramos salienta que o "papel das confrarias será sempre a união de fiéis em torno de uma causa comum".

Nascido da conclusão da licenciatura em Direito Canónico na Universidade Pontifícia de Salamanca, o livro "As Confrarias e Irmandades no Direito Particular Português" pretende apelar à "renovação" das destas associações de fiéis, conta o autor, o padre Vítor Ramos, à Renascença.

À margem da apresentação da obra, que aconteceu esta quarta-feira na Igreja dos Clérigos, na cidade do Porto, o pároco conta que o livro resulta do "estudo das tradições de cada comunidade, que têm as confrarias e irmandades como baluarte".

"Há também o desafio da missão e, portanto, este livro pretende animar à renovação das Confrarias e Irmandades no nosso país", afirma.

"Em Portugal já assistimos a alguns sinais de esperança", considera o escritor, que dá Espanha como exemplo de uma comunidade com "sinais muito grandes da participação dos jovens e das crianças" na fé católica.

"A Igreja em Portugal e as confrarias e irmandades portuguesas também têm que entrar nesta onda de renovação. É preciso fidelidade à tradição e criatividade para novos tempos", aconselha.

Ainda assim, Vítor Ramos salienta que, por mais mudanças que possam existir com o passar do tempo, o papel que as confrarias e irmandades irão desempenhar no futuro "será sempre o mesmo".

"O papel será sempre a união de fiéis, leigos, cristãos em torno de uma causa comum, que se concretiza na promoção da festa na sua localidade, na prática da caridade. E eu penso que esta é a grande garantia do seu futuro", diz.

O obra do padre Vítor Ramos está disponível para compra no website da Editora d 'Ideias.