Rui Costa, presidente do Benfica, assume a responsabilidade pelo mau momento das águias, mas deixa duras críticas à arbitragem, depois de um golo anulado a Otamendi na derrota com o Gil Vicente.
"Temos de ser muito melhores, mas não invalida que não exponha aqui o que nos estão a fazer. Até ao dia de hoje tentei manter uma postura construtiva. Até hoje não me ouviram falar em arbitragem. Tentei ser correto, é uma das minhas missões. Mas estou aqui para defender o Benfica, que não está a ser defendido dentro do campo. Não quero que nos beneficiem, mas são casos a mais para continuar calado", começou por dizer, na sala de imprensa.
O dirigente "pede desculpa aos adeptos por não falar antes", e explica o que considera ter sido uma má decisão de arbitragem.
"O golo anulado nem sequer chegou ao VAR e não se assinala o penálti sobre o Otamendi. É hora de dizer basta. Exijo que o Benfica seja respeitado dentro de campo. Já não é só uma questão de VAR, porque hoje nem lá chegou. Assumo a responsabilidade perante o que se está a passar. Mas não vamos esconder o que nos estão a fazer", atira.
Responsabilidade pelo mau momento
Rui Costa diz que é um dos culpados pelo mau momento do Benfica e pede a todos que trabalhem no clube que não se escondam perante a dificuldade.
"Enquanto presidente do Benfica quero assumir a responsabilidade pelo mau momento da equipa e do clube. Assumo a responsabilidade e como presidente exijo que ninguém se esconda perante isto, todos que trabalham no Benfica. Dou a cara por isso. Há quatro meses, quando assumi, sabia o quanto tinha para fazer para voltar a por este clube onde todos os benfiquistas querem".
O presidente do Benfica pede tempo para colocar o clube no caminho certo: "Sei qual o caminho que quero dar, não se conseguem todas as mudanças em quatro meses. Sei o que há para mudar, o que tenho feito para preparar o futuro. Até mentalidades temos de mudar. Que ninguém se esconda num momento destes".
Rui Costa pede união aos adeptos: "Só todos juntos conseguimos sair deste momento, é delicado, há pouca confiança. Dou-vos essa garantia, sei o que estou a fazer. Estou plenamente consciente".