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A generalidade de Portugal continental entrou a 1 de julho em situação de alerta devido à pandemia de Covid-19, com exceção da Área Metropolitana de Lisboa, que passou para o estado de contingência.
Nesta zona, constituída por 18 municípios, 19 freguesias de cinco concelhos – Loures, Amadora, Odivelas, Lisboa e Sintra – permaneceram em estado de calamidade.
Estes três níveis, que correspondem a diferentes restrições ao desconfinamento, estão em vigor até às 23h59 de 31 de julho.
Os bares e as discotecas vão poder abrir em todo o país, até às 20hh0, desde que funcionem com as mesmas regras que os cafés e as pastelarias agora cumprem. Ou seja, sem pistas de dança.
De acordo com o jornal “Público”, estes espaços vão poder servir alimentação ligeira, como sandwiches e salgados. Assim, tanto os bares como as discotecas podem ocupar as pistas de dança com mesas, desde que sejam respeitadas as normas de distanciamento social impostas pela Direção-Geral da Saúde. Também vão poder usar o espaço exterior como esplanada.
À Renascença, o presidente da Associação Portuguesa de Bares, Discotecas e Animadores fala em medidas impensáveis que não vão permitir ao setor recuperar do impacto da pandemia.
“Isso não pode ser verdade. Uma discoteca que fecha às 20h00? Uma discoteca que fecha antes de as pessoas entrarem? Temos snacks, tostas, hambúrgueres. As discotecas sempre funcionaram com este tipo de comida, mas se fecharam às 20h00 é impossível trabalharem. O ideal era fechar às 6h00, mas, tendo em conta a pandemia e essas situações todas, fechamos às 4h00, um bocadinho mais cedo”, disse Hugo Cardoso.
Os restaurantes, que até agora estavam obrigados a fechar às 23h00, vão passar a fechar à 1h00. A medida deverá ser tomada, sobretudo, porque há muitos espaços que fecham a porta ao público, mas mantêm os clientes no interior até tarde, o que dificulta a ação da polícia.
Além disso, os clientes passam a poder entrar nos restaurantes até à meia-noite, em vez das atuais 23h00.
As bombas de gasolina continuam a funcionar até às 22h00, sendo que a partir das 20h00, só podem vender combustível.
Os centros comerciais vão continuar a fechar às 20h00, ao contrário do que se passa no resto do país.
Os hipermercados e supermercados devem permanecer abertos até às 22h00.
Segundo as informações apuradas pelo “Público”, vão ser reforçadas as equipas dos serviços de Saúde e também da Segurança Social, havendo também uma maior presença das autarquias e das forças de segurança em toda a Área Metropolitana de Lisboa. Isto significa, que sempre que a evolução dos surtos o justificar, estas equipas serão ativadas, até porque o Governo já reconheceu que a atuação destas equipas está a ser positiva.
As 19 freguesias que estão em estado de calamidade são: Santa Clara (Lisboa), as quatro freguesias do município de Odivelas (Odivelas e as uniões de freguesias de Pontinha e Famões, Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, e Ramada e Caneças), as seis freguesias do concelho da Amadora (Alfragide, Águas Livres, Encosta do Sol, Mina de Água, Venteira e União de Freguesias de Falagueira e Venda Nova), seis freguesias de Sintra (uniões de freguesias de Queluz e Belas, Massamá e Monte Abraão, Cacém e São Marcos, Agualva e Mira Sintra, Algueirão-Mem Martins e a freguesia de Rio de Mouro) e duas freguesias de Loures (uniões de freguesias de Sacavém e Prior Velho, e de Camarate, Unhos e Apelação).