O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, mostra-se empenhado nas negociações com os sindicatos a tempo de cancelar a greve de agosto.
Manuel Pizarro não comenta a reação dos sindicatos à proposta de revisão grelha salarial que apresentou já na madrugada desta quinta-feira.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) mostraram-se desapontados com o aumento proposto de 1,6%.
Manuel Pizarro não confirma o valor e insiste que está empenhado nas negociações e em chegar a acordo com os sindicatos médicos.
"Não vou discutir na opinião pública algo que estamos a tratar nas negociações. Isso seria criar dificuldades ao entendimento", disse o ministro. "Eu estou empenhado numa negociação com os sindicatos, temos uma reunião marcada amanhã de manhã e é com os sindicatos que eu tratarei de uma negociação sindical", acrescentou.
Manuel Pizarro considera, por outro lado, que o anúncio de que a urgência de obstetrícia e a maternidade do Hospital de Braga vão fechar três dias por semana em agosto é a prova de que o plano “nascer em segurança no SNS” está a funcionar com tranquilidade.
"Cairia por terra se todo esse funcionamento em rede não estivesse assegurado de forma a garantir qualidade, segurança e previsibilidade. Ora, não havendo [a maternidade] no hospital de Braga, não significa que não estejam em funcionamento outras maternidades às quais, de forma complementar, as grávidas da cidade e da região de Braga se possam dirigir. Está aberta a maternidade de Famalicão, a de Guimarães, a de Viana do Castelo. Tudo funciona com tranquilidade e nós temos que transmitir uma mensagem de tranquilidade", assegurou Manuel Pizarro.
No final de uma visita ao hospital de São José, em Lisboa, o ministro garantiu, também, que o hospital São Francisco Xavier está preparado para acolher as grávidas do hospital de Santa Maria, que terá a maternidade fechada a partir de dia 1 de agosto.