Os enfermeiros do Hospital de Santarém cumprem esta terça-feira o primeiro de três dias de greve, em protesto contra o que dizem ser a situação grave provocada pela falta de profissionais nesta unidade de saúde.
Em comunicado, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) afirma que a paralisação foi decidida em plenário, tendo sido dado ao Ministério da Saúde um “prazo limite para a resolução dos problemas identificados que decorrem da [referida] carência”.
Acima de tudo, estes profissionais querem uma resposta à “diminuição do rácio por turno, ao aumento exponencial do trabalho extraordinário, à abolição dos descansos, à não-substituição de ausências por maternidade, por doença e ausências definitivas”.
“Estes fatores contribuem para o aumento do absentismo e ‘burnout’ das equipas”, sustenta o SEP.
O sindicato afirma ainda que a administração do Hospital de Santarém reportou uma necessidade de 28 enfermeiros para compensar a passagem dos contratos individuais de trabalho para as 35 horas de trabalho semanal e de mais 10 para repor as saídas de 10 profissionais entre outubro do ano passado e o mês de abril.
A greve começa às 8h00 e decorre até à meia-noite de quinta-feira.