Face ao aumento avassalador de casos da pandemia que tem atormentado a vida de todos os povos do mundo, e a que Portugal também não tem escapado, o Governo avançou ontem para novas medidas, as quais não deram lugar a surpresas, tão difícil se apresenta neste momento a situação dos portugueses.
Apesar de todas as restrições que todos vamos ter de enfrentar nos próximos dias, o futebol resistiu e, por isso, vamos poder continuar a assistir aos jogos dos diversos calendários desde a Primeira Liga ao Campeonato de Portugal.
Trata-se de uma decisão que não surpreende. O futebol tem sido um dos setores da vida nacional que mais se tem empenhado na luta contra o Covid-19, cumprindo escrupulosamente as medidas impostas pela Direção-Geral da Saúde, e acompanhando com muito rigor o estado de todos atletas.
Talvez por isso, os números de que temos conhecimento até agora representam uma percentagem muito baixa em contraponto com aquilo que se passa noutros setores.
Claro que também vamos continuar a ver estádios vazios, sem a emoção e o entusiasmo que fazem parte do jogo em situação normal, mas essa é uma barreira que as condições atuais recomendam não deve ser ultrapassada.
Os clubes vão, por isso, acumular dificuldades de ordem financeira, a empobrecer os seus recursos, e deste modo a comprometer o futuro.
A verdade é que não há forma de ultrapassar esta situação.
Ainda assim, foram bem piores os efeitos do primeiro confinamento. O anterior campeonato foi interrompido no dia 8 de março, tendo retomado o seu curso apenas quatro meses depois.
E espera-se que cheguem depressa dias melhores, apesar de o pessimismo ter há muito invadido o espírito dos portugueses. É que não é apenas o futebol que está em causa, mas a vida de todos nós.