A Comissão Europeia autorizou, esta terça-feira, que uma farmacêutica introduzisse no mercado de uma vacina contra o Ébola.
A “Ervedo” foi desenvolvida pela Merck Sharp & Dohme B.V. e recebeu uma recomendação positiva da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla inglesa), em 17 de outubro, depois de avaliados os benefícios e os riscos, tendo Bruxelas dado hoje o seu aval.
A vacina estava em desenvolvimento desde o surto de Ébola na África Ocidental em 2014 e já é utilizada, no âmbito de um protocolo específico, para proteger as pessoas em risco de infeção, como os profissionais de saúde ou aqueles que têm sido expostos a pessoas infetadas.
O ensaio clínico de um segundo regime de vacinas está já em curso na República Democrática do Congo (RDCongo), com financiamento do programa de investigação e inovação da UE Horizonte 2020, que também apoiou o desenvolvimento da 'Ervedo'.
O Ébola é uma doença rara grave causada por um vírus com o mesmo nome.
As taxas de mortalidade em doentes que contraíram a doença variaram entre 25% e 90%, em surtos anteriores, tendo o maior registado até à data ocorrido na África Ocidental em 2014-2016, causando mais de 11.000 mortes.
O atual surto na RD Congo, causado pelo Ébola Zaire, revelou taxas de mortalidade de cerca de 67%.
Mais de 3.000 pessoas foram infetadas com o vírus Ébola durante o atual surto, que, em julho, foi declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma emergência de saúde pública de âmbito internacional.