Os testes rápidos de antigénio efetuados nas farmácias e laboratórios aderentes ao regime excecional de comparticipação vão voltar a ser gratuitos a partir de sexta-feira, anunciou o Ministério da Saúde.
A portaria que prorroga o regime aprovado em junho é publicada, esta quinta-feira, em Diário da República, adianta o ministério numa nota enviada à agência Lusa.
A comparticipação continua a ser limitada ao máximo de quatro testes por mês e por utente.
O Ministério da Saúde justifica esta renovação do regime tendo em conta a atual situação epidemiológica e a importância de voltar a intensificar a realização de testes para deteção do SARS-CoV-2 de forma progressiva e proporcionada ao risco, que contribuam para o reforço do controlo da pandemia.
Segundo os últimos dados divulgados pela Task Force para a promoção do Plano de Operacionalização da Estratégia de Testagem para SARS-CoV-2, já foram feitos em Portugal mais de 20 milhões de testes de diagnóstico à Covid-19 desde o início da pandemia em março de 2020.
Este ano foram efetuados cerca de 48 mil testes por dia, em média, mais de 70% do total de testes de diagnóstico realizados desde o início da pandemia, adiantam os dados divulgados a 06 de novembro.
Maior procura de testes
A presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF) diz à Renascença que, nas últimas semanas, houve uma maior procura destes testes nas farmácias, mesmo sendo pagos. “Tínhamos notado uma maior procura de testes e inclusivamente da frequência de testes positivos. Já se tinha identificado esta tendência. É bom haver esta procura, pois demonstra que a população está sensibilizada para a importância de detetar precocemente os casos, para se evitar a transmissão.”
Ema Paulino garante que as farmácias estão preparadas para um aumento da procura. “Mais de 1.100 farmácias participaram na primeira fase com participação de testes rápidos de antigénio, agora, antecipamos que o mesmo número de farmácias sensivelmente possa novamente aderir a esta nova portaria.”
E a vacina da gripe? Estão praticamente esgotadas as doses que as farmácias compraram (600 mil). Segundo Ema Paulino, muitas já só têm vacinas do contingente do Serviço Nacional de Saúde, que são gratuitas e começaram a ser dadas no início desta semana. “Foi um ano muito mais tranquilo e diria que a grande maioria das farmácias conseguiu dar resposta às listas de espera que tinha. Nós ainda temos algumas que têm vacinas do contingente privado.”
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.283 pessoas e foram contabilizados 1.112.682 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.