Continuam as buscas para encontrar as 21 pessoas desaparecidas na sequência de um naufrágio no rio Danúbio, em Budapeste. As autoridades admitem, contudo, que as possibilidade de encontrar alguém com vida “são mínimas”.
“Não é só por causa da temperatura da água, mas pelas fortes correntes, pelo nevoeiro à superfície, bem como pelas roupas que vestiam as pessoas quando caíram ao rio”, disse o porta-voz do serviço húngaro de ambulâncias à televisão estatal.
Esta manhã, as autoridades confirmaram sete vítimas mortais, todas sul-coreanas. Em declarações aos jornalistas, a polícia húngara diz que não é possível confirmar se ainda estão pessoas presas no barco.
O naufrágio ocorreu quando um barco, que transportava 33 sul-coreanos e dois tripulantes húngaros, colidiu com um outro barco turístico no rio, junto ao parlamento da Hungria.
A embarcação turística que terá sido abalroada por um navio de maior dimensão acabou por afundar-se, encontrava-se aportada junto à ponte Margit, perto da catedral de Budapeste e do edifício do Parlamento.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul disse que os turistas não levavam coletes salva-vidas na altura do acidente, segundo informações prestadas pelos diplomatas de Seul em Budapeste.
O chefe da diplomacia sul-coreana acrescentou, que de acordo com informações que recolheu junto de diplomatas sul-coreanos na capital da Hungria, em geral, os passageiros não costumam usar coletes salva-vidas quando realizam viagens a bordo de embarcações turísticas no Danúbio, na zona da cidade de Budapeste.
O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, garante que está a trabalhar com as autoridades húngaras na investigação das causas do acidente. Pelo menos sete das vítimas mortais são sul-coreanas. A Hungria já abriu uma investigação criminal ao acidente.
A Coreia do Sul planeia enviar 33 pessoas para Budapeste, incluindo especialistas em resgate de emergência e militares. O governo sul-coreano já disponibilizou apoio às famílias das vítimas.
Os esforços para resgatar os desaparecidos envolve barcos, mergulhadores, focos de luz e radares.
De acordo com a agência Reuters, os jornalistas no local relatam que há ambulâncias para crianças à beira-rio. Um representante da agência de viagens à qual pertencia o grupo sul-coreano confirma que havia pelo menos uma criança de seis anos a bordo, mas que não consta da lista de sobreviventes.
O acidente ocorreu pelas 21h00 (hora local) de quinta-feira. Na altura do acidente, o rio encontrava-se a transbordar com correntes fortes devido às fortes chuvas que têm atingido Budapeste.