O presidente da associação ambientalista Zero, Francisco Ferreira, defende a aplicação urgente de planos de salvaguarda das zonas húmidas, áreas de extrema importância “a nível ambiental, social e económico”.
As zonas húmidas ocupam 1,8% do território nacional e 80% estão ameaçadas, em resultado da crescente urbanização e da poluição. O alerta surge nesta terça-feira em que se assinala o Dia Internacional das Zonas Húmidas.
O presidente da Zero sublinha a importância ambiental destas zonas, nomeadamente a protecção de ecossistemas como as turfeiras, mas garante que elas têm, também, um imenso potencial económico, por exemplo, no plano pesqueiro: “A partir dos estuários de Portugal, nomeadamente os do Tejo e do Sado, nós poderíamos ter uma produção de ostra portuguesa que lucraria por ano muito mais de 150 milhões de euros.”
Fncisco Ferreira alerta para a necessidade de travar a fragmentação e a destruição dos habitats e de levar a cabo “um trabalho grande de inspeção para evitar a poluição destas zonas”.
O antigo presidente da Quercus considera fulcral a conservação das zonas húmidas e lamenta que a lei da água preveja planos de ordenamento para as zonas húmidas que ainda não existem e que a associação Zero acredita serem urgentes.