O presidente da Associação de Hotéis e Rmpreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Hélder Martins, diz que "a TAP não existe para o Algarve".
"Aquilo que a TAP representa para o Algarve é muito residual e duvido que o venha a fazer no futuro”, queixa-se Hélder Martins, em declarações à Renascença, assumindo a importância que a companhia aérea nacional tem para o turismo algarvio.
Mais moderado nas críticas mostra-se o presidente da Região de Turismo do Algarve, André Gomes: "Obviamente, esperava que a TAP tivesse aqui um contributo e um peso muito maior naquilo que são o número de rotas que são operacionalizadas a partir do Aeroporto de Faro. Nomeadamente, para aquilo que são as ligações para o mercado interno."
Hélder Martins nem reclama mais destinos, como aconteceu no passado, mas pede uma maior frequência dos voos da transportadora aérea nacional que, atualmente se realizam apenas de manhã e à tarde.
"O que a TAP devia ter para o Algarve era uma linha de voos com aviões mais pequenos, que fizesse uma ligação Lisboa – Algarve com mais frequência. Porque há pessoas que fazem um voo da TAP dos Estados Unidos e ficam várias horas à espera para vir para Faro”, explica.
O presidente da AHETA afirma que há turistas norte americanos que preferem voar para Dublin, na Irlanda e, depois, aí, apanharem um avião para o Algarve.
Já André Gomes defende que um maior número de ligações da TAP a partir de Faro não seria importante apenas no verão. “Poderá ter até mais expressão não só naquilo que é o período de verão mas até inclusivamente naquilo que são os períodos de época baixa, com um contributo muito forte naquilo que é o turismo de negócios e que beneficia muito daquilo que são as ligações que TAP faz a nível nacional”, declara.
Hoje em dia, as ligações no Aeroporto de Faro, são principalmente asseguradas por companhias ‘low cost’. Em 2022, mais de 8 milhões de pessoas passaram pelo aeroporto.