Vera Jardim critica Durão Barroso por ter aceitado um alto cargo na Goldman Sachs. No "Falar Claro" da Renascença, o histórico socialista brincou até com o argumento de Durão Barroso, que, ao “Expresso”, afirmou que tanto se é "criticado por ter cão" como "por não ter”.
Para Vera Jardim, “o problema não é ter ou não ter cão, é escolher o cão. Durão Barroso escolheu mal. O problema está no nome da Goldman Sachs, na estrutura do cão e na essência do cão”.
“É sabido que a Goldman Sachs trabalhou contra os interesses europeus, designadamente na Grécia. Este capítulo da história da biografia política do dr. Durão Barroso não será dos mais felizes”, conclui Vera Jardim.
No mesmo programa, transmitido na segunda-feira à noite na Renascença, Morais Sarmento defendeu a nomeação de Durão Barroso, como já tinha feito, aliás, sexta-feira.
"Ele vai desempenhar um lugar para o qual nunca um português foi nem é provável que seja tão brevemente convidado. Não é um lugar de representação, um alto comissário para os refugiados”, disse o social-democrata.
“Estamos a falar de presidir ao maior ou a um dos maiores bancos do mundo. Eu acho que a dimensão do desafio é à altura dele, é um desafio grande, e acho que termos lá Durão Barroso só deve ser uma questão de confiança pela pessoa que ele é, pela maneira como se comportou sempre do ponto de vista da seriedade, do compromisso, da honradez, da transparência nunca ninguém lhe apontou uma vírgula”, sublinhou o antigo ministro de Durão Barroso.