Ao 114.º dia de guerra, a Comissão Europeia recomendou hoje ao Conselho que seja concedido à Ucrânia o estatuto de país candidato à adesão à União Europeia (UE), emitindo parecer semelhante para a Moldova, enquanto para a Geórgia entende serem necessários mais passos.
Relativamente às candidaturas da Ucrânia e da Moldova, o executivo comunitário entende que lhes deve ser concedido o estatuto de países candidatos à adesão "no pressuposto de que serão tomadas medidas numa série de áreas", enquanto relativamente à Geórgia propõe que lhe seja dada a "perspetiva" de se tornar membro, mas a concessão do estatuto de candidato apenas depois de "abordadas várias prioridades".
"Temos uma mensagem clara, que é: sim, a Ucrânia merece a perspetiva europeia, e sim, a Ucrânia deve ser acolhida como país candidato", anunciou em Bruxelas a presidente da Comissão Europeia.
Ursula von der Leyen acrescentou que "todo o processo é baseado nos méritos", pelo que cabe agora à Ucrânia proceder a todas as reformas necessárias para cumprir os requisitos para a adesão.
As recomendações do executivo comunitário, adotadas numa reunião do colégio e apresentadas em Bruxelas por Von der Leyen e pelo comissário do Alargamento, Olivér Várhelyi, serão discutidas pelos chefes de Estado e de Governo dos 27 já na próxima semana, num Conselho Europeu agendado para 23 e 24 de junho, na capital belga.
O Governo ucraniano espera um resultado positivo no Conselho Europeu face à recomendação da Comissão Europeia a favor da Ucrânia como país candidato da União.
Numa publicação na rede social Twitter, Volodymyr Zelenskiy toma nota da posição de Bruxelas que considera ser o primeiro passo no caminho para a pertença à União Europeia.
A luz verde da Comissão Europeia acontece um dia depois da visita à Ucrânia do Presidente francês, Emmanuel Macron; do chanceler alemão, Olaf Scholz, e do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.
Emmanuel Macron disse, durante uma breve visita a Irpin, nos arredores de Kiev, que a Ucrânia "deve ser capaz de resistir e de vencer" e garantiu que a França está do lado dos ucranianos "sem ambiguidades".