A polícia israelita deteve 40 pessoas em manifestações contra a reforma do sistema judicial, que decorreram em várias cidades israelitas como Jerusalém e Telavive.
Em Telavive, a segunda maior cidade de Israel, a noite de segunda-feira ficou marcada por uma grande concentração junto a edifícios governamentais, na parte oriental da cidade.
Os manifestantes acenderam fogueiras e tentaram bloquear uma das principais autoestradas. A polícia utilizou canhões de água para dispersar a multidão.
Segundo a imprensa local, dez polícias ficaram feridos e 18 pessoas acabaram detidas, em confrontos com as autoridades.
Outras 22 pessoas foram detidas durante a realização de protestos noutras cidades do país.
Médicos israelitas fazem greve
Como forma de contestar a reforma judicial em Israel, os médicos do país anunciam uma greve de 24 horas para esta terça-feira.
A Associação Médica Israelita, que representará cerca de 95% dos médicos, diz que estão assegurados os cuidados de emergência em todo o país.
Estes novos protestos surgiram depois de o Parlamento israelita ter aprovado uma parte essencial da reforma judicial proposta pelo Governo do Primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, apesar da forte contestação social e política.
A reforma determina mudanças radicais que aumentam os poderes do Governo na área judicial, limitando a capacidade de o Supremo Tribunal contestar decisões parlamentares e alterando a forma como os juízes são selecionados.