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Um grupo de ativistas da Climáximo atirou, este domingo, tinta vermelha contra o hotel de Lisboa onde a coligação Aliança Democrática (AD) se encontra a acompanhar a evolução dos resultados eleitorais.
Os seguranças do hotel fecharam de imediato as portas para o exterior e quatro pessoas foram retidas pela PSP.
Em comunicado enviado às redações, o coletivo por justiça climática afirmou que realizou "um protesto na noite eleitoral para manifestar que qualquer novo governo rejeita travar o caos climático, como se torna evidente pela leitura dos programas políticos disponíveis".
O Climáximo afirmou ainda que "travar o caos climático não esteve nas urnas e não estará no próximo governo que, com mandato de 2024 a 2028, decide reiterar a guerra contra o planeta e a as pessoas. Cabe às pessoas travá-los".
"A vitória da AD representa a ascensão do negacionismo climático declarado ao poder, com alianças que negam a crise existencial em que vivemos e que reiteram a guerra ao conjunto da humanidade, quer através da crise climática, quer da perseguição de minorias e encerramento das sociedades atrás de muros de ódio e violência", refere a mesma nota.
"Quer a AD, quer qualquer partido que apoie esta coligação para formar governo, deixaram claro nos seus programas que não vão tomar as medidas necessárias para prevenir a morte de milhares de pessoas e a destruição de tudo o que amamos através da crise climática. Eles decidiram premeditadamente desistir da vida em prol do lucro. Nos próximos quatro anos eles e as empresas vão tentar continuar a guerra em vigor contra o planeta e as pessoas. A sociedade não pode continuar a consentir ser dirigida rumo ao caos climático", defende o porta-voz António Assunção, citado no comunicado.