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A Alta Autoridade da Saúde francesa deu "luz verde" para a administração da terceira dose da vacina contra a covid-19 a quem tem mais de 65 anos e para as pessoas consideradas frágeis.
"Esta dose deve ser administrada após, pelo menos, seis meses da toma completa da primeira vacina [com uma ou duas doses, dependendo do laboratório", segundo o comunicado divulgado hoje.
Por enquanto, segundo esta agência pública, não há necessidade de uma terceira dose da vacina para toda a população.
"A administração de mais uma dose será provavelmente necessária nos próximos meses, sem que seja ainda possível pronunciarmo-nos de forma precisa, nem sobre a população alvo, nem sobre o calendário", esclareceu a Alta Autoridade da Saúde.
O ministro da Saúde, Olivier Véran, tinha indicado na segunda-feira que após a aprovação por esta entidade pública, a terceira dose da vacina contra a covid-19 estaria disponível a partir dos maiores de 65 anos.
Para as pessoas vacinadas com a vacina Janssen, que receberam apenas uma dose, a Alta Autoridade da Saúde estipulou que o reforço pode ser feito através de uma dose da vacina que recorre à tecnologia do ARN mensageiro, ou seja, da Pfizer ou da Moderna.
Desde o início da pandemia morreram em França 11.585 pessoas e foram confirmados 6.624.777 casos.
Em Portugal, a administração da terceira dose da vacina para a Covid-19 ainda está a ser analisada pelas autoridades de saúde.
O responsável pela “task force” da vacinação contra a Covid-19, Gouveia e Melo, disse esta terça-feira que “o que se está a discutir neste momento não é um reforço generalizado da vacinação" contra a Covid-19 em Portugal, mas sim a administração da terceira dose a cerca de 100 mil pessoas com as defesas reduzidas.
"Não há nenhuma decisão sobre a terceira dose da vacina. É um assunto que a DGS está a tratar. Não há sequer a certeza científica da sua necessidade", disse o vice-almirante aos jornalistas, durante uma visita a um centro de vacinação em São João da Madeira.
Gouveia e Melo admitiu que Portugal pode avançar com a terceira dose para cerca de 100 mil pessoas imunodeprimidas e com as defesas em baixo.
"Uma coisa é dar mais uma dose a quem é, por exemplo, imunodeprimido ou que está a fazer um tratamento específico e tem as suas defesas mais baixas, mas são casos muito pontuais. Não é uma terceira dose generalizada. Ninguém está a falar de uma terceira dose generalizada", sublinha o coordenador da "task force".
Questionado sobre notícias de que algumas autarquias estarão já a preparar o encerramento de centros de vacinação, Gouveia e Melo considera que essa possibilidade só deverá acontecer quando 85% da população tiver completado a vacinação contra a Covid-19.