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A Associação de Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (ANTEPH) alerta o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para a necessidade de "otimizar recursos", perante a sobrecarga de ambulâncias nas urgências do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
"A ANTEPH recomenda novamente ao INEM, que promova uma otimização dos recursos existentes, reativando as VMER [Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação] delegação com TEPH [técnico de emergência pré-hospitalar] e médico, libertando alguns enfermeiros para reforço hospitalar", refere a ANTEPH em comunicado, assinalando que "a situação não é nova e só foi potenciada pela pandemia" de Covid-19.
A denúncia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte de que apenas 15% dos utentes transportados para as urgências do Hospital de Santa Maria justificam efetivamente o recurso a uma urgência hospitalar levou a ANTEPH a apontar ainda a "ausência de critérios de não transporte, a falta de equipamentos de avaliação de vítimas com transmissão para o CODU [Centros de Orientação de Doentes Urgentes], bem como a falta de acompanhamento por parte do INEM e do SNS24 do transporte de doentes não urgentes, urgentes ou emergentes".
Com um apelo ao Ministério da Saúde para potenciar os serviços de Urgência Básica e Serviços de Atendimento Permanente para "aliviar a carga excessiva de ocorrências que são enviadas desnecessariamente aos Hospitais Distritais e Centrais", a associação adiantou também que vai pedir uma audiência com a tutela para tentar contribuir com soluções no atual contexto.
A direção da ANTEPH recomendou à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), bem como às entidades que detêm os postos de emergência médica, que seja garantido que as missões das equipas de Ambulâncias de Socorro "são corretamente coordenadas e comandadas e que os operacionais e as vítimas têm todas as condições de dignidade com acesso a comida, água e WC", devido às horas de espera que se têm verificado.
Também a Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar (SPEPH) defendeu hoje a necessidade de uma revisão dos protocolos e modelos de atendimento, triagem e encaminhamento de doentes para evitar a atual sobrecarga das urgências dos hospitais.
Em Portugal, morreram 11.608 pessoas dos 685.383 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.