A situação na cidade síria de Aleppo está cada vez mais difícil, explica o arcebispo caldeu Antoine Audo.
"Há mais de um mês ou dois, estamos sem água e sem electricidade”, afirmou o arebispo Audo, acrescentando ser vulgar ver jovens e crianças pelas ruas, de dia e de noite, “com garrafas vazias na mão, tentando encontrar um pouco de água”.
A fuga da comunidade cristã é cada vez mais imparável, diz o Arcebispo, que revela que antes da guerra havia cerca de 150 mil cristãos e agora ”não serão mais de 50 mil”.
O colapso do país é particularmente visível em Aleppo. “Os ricos foram-se embora. A classe média ficou pobre e os pobres estão sem nada.”
O arcebispo Antoine Audo diz que há “muitos gangues armados” e que “são vistos jovens com metralhadoras nas mãos”.
Numa nota emitida pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, o prelado revela que esta cidade “está dividida em duas partes: uma nas mãos do exército regular e outra, a parte mais antiga, “sob o domínio dos terroristas” que, segundo o Arcebispo, pertencem aos grupos jihadistas Frente al-Nusra e ao autoproclamado “Estado Islâmico”.