O Presidente da República afirmou esta quarta-feira que no encontro de quinta-feira com o chefe do executivo da Região Administrativa Especial de Macau vai tratar de questões de direito acordadas em 1999 e do ensino do português.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas nos jardins do Palácio de Belém, em Lisboa.
Questionado sobre a agenda do encontro que terá na quinta-feira ao chefe do executivo da Região Administrativa Especial de Macau, o Presidente da República respondeu que vai tratar com Ho Iat Seng de "questões importantes, que ele aliás tratará com o Governo português ainda mais especificamente".
"E que têm a ver com o respeito daquilo que é o direito que foi acordado entre os países em 1999, também a aplicação desse direito em certa área territorial que é uma área que é importante para a expansão da Região Administrativa Especial de Macau, o estatuto daqueles que lá vivem, a experiência de convívio que existe, o apoio ao ensino do português em Macau, a expansão da Escola Portuguesa em Macau", especificou.
"Portanto, há muitos assuntos importantes, e que são importantes por duas razões: um, são importantes nas relações entre Portugal e Macau; segundo, são importantes nas relações entre Portugal e China", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa realizou uma visita de Estado à República Popular da China entre abril e maio de 2019, que começou em Pequim, passou por Xangai e terminou na Região Administrativa Especial de Macau.
Em Macau, o chefe de Estado repetiu a mensagem de que "a diferença" desta região administrativa especial é o que lhe dá valor, destacando a importância da presença da língua portuguesa.
O Presidente da República referiu que a língua portuguesa é atualmente mais falada em Macau do que no tempo da administração portuguesa e manifestou a certeza de que irá permanecer após 2049.
No seu entender, "não é por causa da Lei Básica [da Região Administrativa Especial de Macau]", que vigora desde 1999, que Macau é diferente: "A Lei Básica fala num prazo de 50 anos. O que são 50 anos para uma cultura milenar como a chinesa e para uma cultura de quase mil anos como a portuguesa? Não é nada".