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O Papa disse esta sexta-feira que a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia implica uma “grande responsabilidade” para assegurar o bem da nação e a “coexistência pacífica” no continente.
Em declarações aos jornalistas, no voo rumo à Arménia, Francisco observou que o chamado “Brexit” manifestou a “vontade do povo”.
A Conferência Episcopal de Inglaterra e Gales já tinha reagido em comunicado aos resultados do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia.
“Uma grande tradição do Reino Unido é o respeito pela vontade do povo, manifestada nas urnas. Hoje, determinamos um novo rumo, que será exigente”, refere o cardeal Vincent Nichols, arcebispo de Westminster e presidente da Conferência Episcopal.
Os eleitores decidiram que o Reino Unido vai sair da União Europeia, depois de o “Brexit” ter conquistado 51,9% dos votos no referendo de quinta-feira, cuja taxa de participação foi de 72,2%.
Os bispos católicos de Inglaterra e País de Gales deixam votos de que o Reino Unido siga agora o seu caminho com “respeito e civismo”, apesar das diferenças de opinião.
“Rezamos para que os mais vulneráveis sejam apoiados e protegidos neste processo, especialmente os que são alvos fáceis para empregadores sem escrúpulos e traficantes de seres humanos”, assinala a mensagem.
O texto assinado pelo cardeal Nichols pede que os cidadãos do Reino Unido mantenham a sua “tradição de generosidade e acolhimento” pelos estrangeiros e os mais necessitados.
“Agora temos de trabalhar no duro para nos mostrarmos como bons vizinhos e protagonistas determinados nos esforços conjuntos internacionais que visam enfrentar os problemas críticos do mundo de hoje”, conclui.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou a intenção de se demitir em Outubro, na sequência deste resultado.
A Renascença na Arménia com o Papa Francisco. Apoio: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa