A Lego, empresa de brinquedos, desistiu dos planos de fabricar as suas peças a partir de garrafas recicladas, num esforço para reduzir as emissões de carbono, avança a BBC News.
Em 2021, a empresa disse que pretendia produzir peças que não tivessem petróleo bruto dentro de dois anos. Porém, na segunda-feira, admite ter descoberto que a utilização do novo material não reduziu as emissões de carbono.
Atualmente, muitas das peças da Lego são feitos com acrilonitrila butadieno estireno (ABS) - um plástico virgem feito de petróleo bruto. Tal como muitas outras empresas, a Lego tem explorado materiais alternativos ao plástico à medida que a sustentabilidade se torna mais importante para os clientes. Um dos desafios tem sido encontrar um material que seja duradouro o suficiente para durar gerações.
A medida, que foi noticiada pela primeira vez no Financial Times (FT), vai ser vista como um revés após um esforço de alto nível da Lego para melhorar as suas credenciais verdes.
Em 2021, disse ter desenvolvido protótipos de garrafas de tereftalato de polietileno (PET), com alguns outros produtos químicos adicionados com a esperança que o material pudesse oferecer uma alternativa às peças à base de petróleo. Mas a Lego revelou agora que, após mais de dois anos de testes, descobriu que a utilização de PET reciclado não reduziu as emissões de carbono.
A empresa declarou que está atualmente a testar e desenvolver peças feitas de “uma variedade de materiais alternativos sustentáveis”. O executivo-chefe da Lego, Niels Christiansen, disse ao FT que não havia “material mágico” para resolver os desafios de sustentabilidade da empresa. “Testamos centenas e centenas de materiais. Simplesmente não foi possível encontrar um material como esse”, disse ele.
Um porta-voz da empresa afirmou à BBC News que continuam "totalmente comprometidos em fabricar peças Lego a partir de materiais sustentáveis até 2032".