A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou uma organização criminosa, sediada na região de Lisboa, dedicada ao tráfico internacional de estupefacientes por via aérea.
A organização era liderada e constituída por cidadãos portugueses e tinha como objectivo o tráfico de cocaína.
Durante a operação “Mastermind”, foram detidas seis pessoas, quatro mulheres e dois homens. Estas detenções representam o culminar de uma investigação que decorria há cerca de dois anos e permitiu o desmantelamento de uma organização criminosa transnacional, sediada na região de Lisboa.
A PJ informa também que no decorrer da investigação foram identificadas e constituídas arguidas 50 pessoas, tendo sido detidos 13 homens e 12 mulheres em diferentes momentos da investigação. Destes, seis foram detidos no Brasil, quando se preparavam para embarcar no voo que os transportaria para Lisboa, tendo sido também apreendidos 96 quilogramas de cocaína.
“O modus operandi consistia na aquisição de quantidades consideráveis de cocaína num país da América do Sul, a qual era transportada para o nosso país através da via aérea por ‘correios’ e posteriormente distribuída no território nacional”, indica.
Na nota, a PJ explica que a organização “revelava uma estrutura bem definida e sofisticada, com regras precisas quanto à definição do perfil e forma de recrutamento dos ‘correios’ que iriam efectuar o transporte, os quais eram sujeitos a formação específica”.
O transporte e introdução do produto estupefaciente em território nacional ocorriam, segundo a PJ, mediante a utilização de voos comerciais, sendo que os “correios” transportavam a cocaína no interior das suas bagagens.
“Nalgumas ocasiões contudo, a droga foi dissimulada no interior do organismo de ‘correios’ e também enviada através de encomendas postais”, é referido.
A PJ indica ainda em comunicado que no decurso da operação foram efectuadas 45 buscas domiciliárias, no âmbito das quais foram apreendidos diversos elementos de prova, bem como pequenas quantidades de MDMA (ecstasy) e de haxixe.
Os detidos, com idades compreendidas entre os 24 e os 39 anos, irão ser presentes à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coacção.