Francisco Rodrigues dos Santos anunciou que o CDS-PP vai apresentar um Compromisso Eleitoral com "15 propostas de rutura com o socialismo".
Num discurso feito à entrada do Conselho Nacional do partido, esta sexta-feira, o presidente centrista diz que pretende "desfazer os erros e as distorções que a Esquerda impôs ao país nos últimos anos".
"Recompor o elevador social, para que trabalhar compense, para que cada um possa subir na vida através do seus esforço e do seu mérito, e dar mais aos seus filhos dos que os seus pais lhe ofereceram a si", exemplifica.
Francisco Rodrigues dos Santos promete ainda "devolver a independência às instituições do regime que só servem a Democracia se não estiverem capturadas pelos Governos".
O líder do CDS quer também um "choque fiscal e reduzir impostos, insuportavelmente sufocantes para as pessoas e empresas".
"Aliviar o peso das empresas públicas no Estado, para que os portugueses não sejam chamados a pagar os seus buracos, e para que os recursos possam ser alocados às funções que só o Estado pode exercer", indica.
O presidente centrista promete "dignificar as Forças Armadas e as Forças de Segurança" e "conceder autonomia às escolas e liberdade às famílias para escolher o ensino dos seus filhos".
"Apoiar os jovens na constituição de família, na obtenção o primeiro emprego e no acesso à habitação e estar ao lado dos idosos, sobretudo os isolados e pobres, que têm de escolher entre comprar alimentos ou comprar medicamentos", defende.
As medidas-chave incluem ainda "levantar todos os obstáculos para combater a corrupção" e "rejeitar a ideologia de género, o politicamente correto e todas as restrições à liberdade de expressão".
Um CDS com "um novo friso de protagonistas"
O presidente do CDS-PP agradece o trabalho desenvolvido pelos deputados do partido que se despediram do Parlamento, esta sexta-feira, mas salientou que a sua direção quer apostar num "novo friso de protagonistas que refresquem a representação" centrista no parlamento.
"Tenho a agradecer a todos os deputados do CDS-PP o contributo que deram ao país, através do seu partido, ao longo de muitos anos na Assembleia da República, para traduzirem os nossos valores em propostas concretas que melhorassem a qualidade de vida das famílias e das empresas", afirmou o líder.
Francisco Rodrigues dos Santos elogiou também "a forma elevada com que sempre representaram o partido num órgão de soberania de capital importância para a vida dos portugueses como é a Assembleia da República".
Já questionado se conta com algum deles para o futuro, o presidente do CDS-PP ressalvou que "é uma decisão que não compete ao presidente do partido".
Ao admitir que soube "pela comunicação social da intenção desses mesmos deputados em não continuarem nessas funções no futuro", Rodrigues dos Santos disse encara essa decisões "com alguma naturalidade".
"É normal que haja renovação, que haja refrescamento, que haja oportunidades para novos protagonistas dentro do partido, até porque alguns deles são deputados há 30 anos, outros há 20 e outros há 15 anos", defendeu.
E lamentou que os deputados tenham anunciado publicamente a sua decisão não regressar à Assembleia da República antes da aprovação dos critérios de designação dos candidatos do CDS.
"Eu limito-me a respeitar o veredicto que tornaram público, sendo certo que só depois da aprovação dos critérios que será feita hoje em Conselho Nacional é que eu iniciarei conversas dentro do próprio partido para selecionar os candidato do partido às próximas eleições legislativas", salientou.
Quanto apresentou aos jornalistas os critérios de designação dos candidatos que integrarão as listas do partido às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que "a designação destes candidatos deve obedecer a princípios da renovação e de abertura à sociedade, e respeitar as regras da paridade".
"Queremos apostar também num novo friso de protagonistas políticos que refresquem representação política do CDS no parlamento", salientou.