A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou esta quinta-feira que, desde 2015 até setembro de 2021, o Governo aumentou o número de profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo agora tempo de melhorar as suas condições de trabalho.
Confrontada com as demissões de profissionais de saúde em diferentes hospitais do país, a governante indicou que só em contratos líquidos, desde dezembro de 2020 a setembro de 2021, são mais 4.300 profissionais.
Falando à margem do Congresso Nacional de Saúde Materno-infantil, organizado pelo Centro Materno-infantil do Norte (CMIN), no Porto, a titular da pasta da Saúde assumiu haver áreas que são carenciadas e onde terá que continuar o esforço de contratações.
Contudo, Marta Temido afirmou que a despesa em pessoal no SNS cresceu este ano e até agosto 9,5%, havendo um conjunto de aspetos a equilibrar.
"Temos, agora, de nos dedicar a melhorar a condição de trabalho destas pessoas", defendeu.
Esta semana, os médicos responsáveis pela Urgência Metropolitana de Psiquiatria do Porto (UMPP), concentrada desde abril de 2006 no Hospital de São João, apresentaram a sua demissão por aquele serviço padecer de "limitações e problemas vários" desde a sua génese.
A estas demissões somam-se as de 87 clínicos do Centro Hospitalar de Setúbal que o diretor clínico demissionário justificou com a falta de condições físicas e profissionais, considerando que a unidade está "abaixo da linha de água".