Mais de metade (53%) dos jovens que reúnem condições para receber o apoio à renda através do Porta 65 foi excluída do programa porque não havia dinheiro suficiente.
No ano passado, dos mais de 15 mil candidatos, oito mil ficaram de fora. Os 12,5 milhões de euros de dotação só chegaram para aprovar sete mil candidatos.
A notícia é avançada na edição desta quinta-feira do “Jornal de Notícias”. De acordo com o jornal, o financiamento de 2016, que será igual em 2017, representou um corte de um milhão de euros face ao valor atribuído ao pelo Governo PSD-CDS, em 2015.
Durante os anos em que vigorou o programa de assistência financeira da “troika”, as verbas para este programa foram substancialmente cortadas, numa altura em que disparou o número de jovens que reunia condições para se candidatar ao programa.
Com menos dinheiro e mais interessados, a taxa de aprovação tem caído a pique: de 83%, em 2013, para 47%, no ano passado.
As regras do programa de arrendamento jovem vão estar esta quinta-feira em debate no Parlamento. À partida, serão aprovadas duas alterações: o alargamento dos 30 para os 35 anos a idade máxima dos candidatos e o prazo de concessão deve passar de três para cinco anos.
O tema vai a plenário da Assembleia da República por agendamento do PSD, a que se juntam projectos de lei do CDS-PP, BE e PCP, com todas as iniciativas a defenderem o alargamento do programa Porta 65 até aos 35 anos, podendo estender-se até aos 37 anos quando se trate de um casal e um dos elementos tenha a idade regulamentar - igual ou superior a 18 anos e inferior a 35 anos.